Instituto Cultural de Arte Contemporânea Inhotim


No último final de semana fui visitar o Instituto Cultural de Arte Contemporânea Inhotim em Brumadinho- Minas Gerais.
Inicio o meu passeio pela Galeria Praça são várias instalações e a que mais me chama atenção é de Janini Antoni.
Logo na entrada uma cortina vermelha nos dá a impressão de um teatro. Sou levado por uma música que vai tomando todo o corredor. É uma sensação de está flutuando entre aquelas paredes.
Mais a frente auto-falantes, música, espelhos, cortinas e me deparo com um vídeo instalação: um casal de bailarinos dançando de uma forma que parece voar.
Sigo para a Galeria Cildo Meireles na instalação Através somos convidados a caminhar sobre pedaços de vidros e entre arames farpados. No meio destes que comumente são obstáculos somos surpreendidos com um grande aquário com pequenos peixes ornamentais.
Apesar de estamos num ambiente que nos leva a obstáculos como o chão de vidro estilhaçado a sensação mais uma vez é de leveza.
Na instalação que visito em seguida (Mudança – autor Marepe) me fez lembrar aquelas cidades do interior. É um caminhão de mudanças com todas aquelas coisas que se leva no dia de uma mudança naquelas cidadezinhas, é como se fosse a mudança de uma família simples e pequena. Apenas os objetos essenciais de uma casa. Mas até estes objetos neste lugar são transformados em obra de arte.
Sigo para uma nova instalação que tem como título Cidade Luz do Jorge Macchi. Uma homenagem a Paris. Apenas um mapa do centro urbano desta cidade em cima de uma mesa que é iluminado por uma forte luz que vem do teto. A luz vai formando um círculo ao redor do mapa. É a Cidade Luz diante de nossos olhos.

Sigo para a Galeria Adriana Varejão. Um cubo branco e enorme parece flutuar sobre um espelho d´agua azul. No local estão as obras: Celacanto provoca Maremoto (2004-2008), Linda do Rosário (2004), O Colecionador (2008), Panacea Phantastica (2003-2008) e Passarinhos - de Inhotim a Demini (2003-2008).
O sol já estava bem forte, depois de subir um monte bem ingrime e já me sentindo um pouco cansado pois já passava de três horas que eu estava no Inhotim. Sigo para outra Galeria e chego ao Galpão Cardiff & Miller.
Entro na instalação que é um enorme galpão com caixas de som e cadeiras de madeiras espalhadas pelo ambiente.
Entro. O som era de ruído de pássaros, depois o rangi de uma porta se abrindo, passos forte, revoadas, uma voz de uma mulher.
De repente somos convidados pela voz da mulher a fechar os olhos. Uma música começa a tocar mais alta e ao mesmo tempo nos dar uma sensação de paz.
Somos convidados a fechar os olhos.
E a partir daí apreciar a obra do artista com a sensibilidade da audição que nos leva a escutar e com o coração se emocionar.
Sou levado a uma emoção que começam a correr lágrimas sobre a face.
É uma revoada de corvos no meio daquela imensidão de arte contemporânea.
É indescritível são os sentidos: audição e emoção.
Ainda vim obras dos artistas Tunga, Hélio Oiticica, Iran do Espírito Santo, Waleska Soares.
É um passeio imperdível.

Comentários

Unknown disse…
Meu querido Timbó!!! Que saudade!!!
Como é bom ler seus relatos, suas experiências maravilhosas por este "mundão de Deus"....
Com as suas histórias eu pego carona; sim, pois vc me faz imaginar cada cena de uma forma muito real.... Obrigada por estas aventuras....
Bjs!!
Nívea!! :)
Lilian Rahal disse…
E quem lhe acompanhou nessa aventura maravilhosa??? (rsrsrs)

Bjs.

Lilian
Anônimo disse…
Timbó estou emocionada em ler o seu texto já vou marcar a minha passagem para conhecer este lugar.
Fábio disse…
Muito legal mesmo este lugar.
Se no Brasil tivesse mais pessoas com idéias como esta a arte a cultura seria mais divulgada.

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