Bico do Papagaio - Tocantins

Na última semana vivenciei uma dos espetáculos mais bonitos de minha vida.
Estava em Araguatins cidade no norte do estado do Tocantins com uma população de aproximadamente 29 mil habitantes, a conhecida Princesinha do Araguaia.
É final da tarde e da janela do quarto do hotel avisto o por do sol.
O vento faz com que a água do Rio Araguaia crie nas suas águas verdadeiras ondas. Parece até que estou avistando os “verdes mares bravios de minha terra natal”.
Como é verão por aqui vão se formando dentro do rio grande áreas que se chamam praias ou ilhas. Destrancando-se as de São Raimundo, São Bento, Ponta da Areia e Sapucaia
É um verdadeiro convite a um passeio de barco.
Resolvo passear de barco ou como chamam aqui “voadeiras”... e vou viajando e voando em pensamentos e escutando as histórias de vida dos pescadores desta terra, as vitórias e conquistas, as lutas e derrotas.
Os conflitos de terra da região do Bico do Papagaio que tornaram esta região conhecida em todo o país. Um fato me chama atenção na cidade de Augustinópolis o conflito foi tão sério que nem Santa Rita de Cássia fora poupada, pois foi alvejada com uma bala, mesmo estando no altar mor da Igreja Matriz.

Assim como em vida em que passou 18 anos com um esposo que só trazia angustia e em nenhum momento mostrou-se ressentida, mas uma vez traz o perdão e o amor aos inimigos, continua a conceder aquele povo as bênçãos e graças.
Nesta viagem pelo rio também paro para agradecer por esta oportunidade de está hoje vivendo e vivenciando esta gratificante experiência. Aí começa a me passar imagens como um filme de minha vida, o menino lá de Nova Russas que foi para Fortaleza e agora está em Brasília.
Uma parada e avisto mais uma bela demonstração da força divina neste passeio uma linda imagem anuncia a chegada da dama da noite – a LUA que está bela, radiante e cheia.
Neste momento olho para ela e peço a Deus e à Nossa Senhora por todos os meus amigos e ao mesmo tempo me sinto próximo de cada um.Como gostaria de tê-los aqui ao meu lado e compartilhar com eles esta alegria e numa demonstração de gratidão apenas dizer baixinho no seu ouvido: obrigado pela sua amizade!
Achava que tinha visto de tudo no Tocantins e me levam para ir conhecer as famosas quebradeiras de coco que com seu canto me encantam e me seduz com uma atividade que torna ainda mais rica estas mulheres de fibra tão forte quanto a palha do babaçu. Vejo no olhar de cada uma a força e garra da mulher brasileira.

De suas mãos saem bolsas, brincos, colares e utensílios de decoração, além de sua preocupação com a preservação do meio ambiente.
Confesso que se o poeta por aqui tivesse não cantaria apenas “As mulheres de Atenas” e sim se juntava ao canto das Quebradeiras de Coco.
Hoje posso dizer que sou outra pessoa e com certeza amanhã não acordarei do mesmo tamanho.