O Senhor dos Anéis


História contada pelo Design de Jóias Antonio Bernardo quando respondeu as perguntas sobre o fascínio da humanidade pelo ouro em entrevista à revista Brasília em Dia. número 617 – 1 a 7 de novembro de 2008. Entrevista Antonio Bernardo

O senhor tem alguma explicação para o fascínio que o ouro exerce sobre o homem?
A melhor história que eu conheço é a seguinte: o homem primitivo, na sua cultura, tinha como deuses os fenômenos naturais, então o sol era um deus, a lua, outro deus, o trovão era outro deus, o arco-íris, outro deus... Ele se relacionava com o mundo, vamos dizer assim, com essas entidades. Conta a lenda que o homem primitivo estava andando pelo campo e viu um objeto no chão que brilhava; quando a gente vê uma coisa que brilha, chama a atenção da gente. Foi lá, chegou perto, olhou e viu que era amarelo. Ele foi colocar a mão, estava quente, esperou a noite e esperou esfriar. Pegou aquela coisa que ele tinha visto.
Qual foi a associação imediata que ele fez?
De um deus que seria o mais poderoso. Normalmente os deuses tinham uma hierarquia. Ele imediatamente associou isso ao deus Sol, chamou as outras pessoas da tribo para ver e as pessoas ficaram encantadas. Todo mundo da tribo queria um pedacinho daquilo que eles supunham que fosse uma manifestação do Sol. Daí fora atribuída uma escola de valor, onde muitos queriam e só tinham um pequeno pedaço. E eu tenho a impressão de que essa seja a melhor história que eu já ouvi, do porque de o ser humano ter fascínio por esse metal chamado ouro, que tem essa particularidade da cor ser amarela, o único metal que tem essa cor, além de ser um metal nobre, ou seja, ele tem características físico-químicas superiores a outros metais.

Comentários

Unknown disse…
Oi Tel, fico muito feliz com este seu novo espaço. A ideia do blog foi genial, ler suas experiencias, nos faz viajar na memoria e ficar mais petinho de voce. Bjo grande, adorei.

Postagens mais visitadas deste blog

Boi de Mamão e a Bernúncia

Ramal da fome, expressão que virou coisa do passado e é enterrado no Sudoeste Paulista

Gibão de Couro